Sweet Home Alabama - Capítulo II
5 participantes
Página 1 de 1
Sweet Home Alabama - Capítulo II
Luke
— Você está aqui porque a missão ainda não terminou, filhote. — disse Milla Folha de Outono, Theurge Uktena e integrante do conselho ancião do caern. Diante dela, Luke Buscador de Histórias estava ajoelhado e de cabeça baixa, na postura típica de alguém que sabe ainda ter muito o que aprender. — Você e seu companheiro Fenrir fizeram bem em combater os lacaios de nosso inimigo, mas falharam em preservar o Véu. Por isso, agora devem partir para consertar o erro que cometeram. Porém, não quero que veja isso como uma reprimenda: sua busca trará mais conhecimento para você e para toda a seita. Certamente o Grande Uktena tem planos para isso.
Os olhos da loba brilharam ao vislumbrar a possibilidade novo conhecimento. Dentro do peito do filhote, a sede por mais saber pareceu queimar como fogo.
— Suas respostas estão na Umbra, filhote. — falou Milla. — Procure pelo Viajante. Ele te levará onde você precisa estar.
Os olhos da loba brilharam ao vislumbrar a possibilidade novo conhecimento. Dentro do peito do filhote, a sede por mais saber pareceu queimar como fogo.
— Suas respostas estão na Umbra, filhote. — falou Milla. — Procure pelo Viajante. Ele te levará onde você precisa estar.
Bjorn
Michael estava sentado diante de uma pequena pilha de pedras que formava um altar. O cheiro de citronela que vinha do incenso tomava conta do ar e de suas narinas. À sua volta, o ambiente parecia ficar mais vivo enquanto a barreira entre a Umbra e o mundo material se tornava mais fraca. O Theurge começou então a entoar um cântico em nórdico antigo numa voz baixa enquanto acendia uma vela branca diante do altar.
— Dessa forma, podemos nos conectar com nossos ancestrais. — disse ele, depois de deixar tudo pronto. — Não sei como vocês fazem isso na Noruega, mas aprendi assim por aqui. Respire fundo e pense em nossos antepassados. Talvez você consiga senti-los, se tiver alguma conexão com eles.
— Dessa forma, podemos nos conectar com nossos ancestrais. — disse ele, depois de deixar tudo pronto. — Não sei como vocês fazem isso na Noruega, mas aprendi assim por aqui. Respire fundo e pense em nossos antepassados. Talvez você consiga senti-los, se tiver alguma conexão com eles.
Eve
Os olhos do ancião Elijah estavam fixos sobre ela, procurando por algum erro. A garota recém transformada se encontrava num círculo formado por velas acesas que deixavam o interior da floresta um pouco mais iluminado. Ela transpirava, sentindo o suor escorrer pelo rosto conforme se concentrava em fazer acontecer o efeito do ritual.
— Não se distraia, menina — falou o ancião. — Sinta a energia de Gaia fluindo através de você. Purifique-se.
Eve fechou os olhos e se concentrou novamente. Ouviu o canto dos pássaros, a brisa fresca e as folhas secas no chão se movendo. Sentiu o mundo como nunca antes. Por um segundo, percebeu que durante toda a sua vida, tinha sido enclausurada numa noção errônea de civilização e conforto. Ali, naquela floresta, sentada no chão e quase nua, ela podia se sentir muito mais em casa do que em qualquer outro lugar.
A energia fluiu. Sem saber como explicar, Eve deixou que algo dentro de si despertasse em resposta a tudo que a terra lhe enviava. Então estendeu a mão para uma das velas que tinha diante de si e deixou que a chama tocasse sua pele. A dor inicial foi muito menor que o esperado, e logo o medo do fogo se foi.
Quando abriu os olhos, Elijah a encarava com um princípio de sorriso.
— Muito bem, menina. Você aprendeu.
— Não se distraia, menina — falou o ancião. — Sinta a energia de Gaia fluindo através de você. Purifique-se.
Eve fechou os olhos e se concentrou novamente. Ouviu o canto dos pássaros, a brisa fresca e as folhas secas no chão se movendo. Sentiu o mundo como nunca antes. Por um segundo, percebeu que durante toda a sua vida, tinha sido enclausurada numa noção errônea de civilização e conforto. Ali, naquela floresta, sentada no chão e quase nua, ela podia se sentir muito mais em casa do que em qualquer outro lugar.
A energia fluiu. Sem saber como explicar, Eve deixou que algo dentro de si despertasse em resposta a tudo que a terra lhe enviava. Então estendeu a mão para uma das velas que tinha diante de si e deixou que a chama tocasse sua pele. A dor inicial foi muito menor que o esperado, e logo o medo do fogo se foi.
Quando abriu os olhos, Elijah a encarava com um princípio de sorriso.
— Muito bem, menina. Você aprendeu.
Akira Toriyama- Avaliador de Ficha
- Mensagens : 492
Data de inscrição : 25/03/2010
Idade : 30
Re: Sweet Home Alabama - Capítulo II
Off:
Meu povo, aqui é o Yuri. Não consigo mais acessar minha conta antiga, então criei essa nova. Dito isso, vamos lá!
On:
O cheiro do incenso me acalmava, preparava minha mente. A natureza ao meu redor ajudava a amaciar o meu espírito para a conexão. Michael preparava o altar e iniciava o cântico. No entanto, o maldito calor me impedia de ter uma sensação de lar completa ali. A diferença entre a vegetação não me incomodava, mas a temperatura sim. Tive que me concentrar em uma velha canção que nós usamos em Bergen para melhorar meu foco.
— Dessa forma, podemos nos conectar com nossos ancestrais. — disse ele, depois de deixar tudo pronto. — Não sei como vocês fazem isso na Noruega, mas aprendi assim por aqui. Respire fundo e pense em nossos antepassados. Talvez você consiga senti-los, se tiver alguma conexão com eles.
A vela ardia e Michael havia terminado o seu cântico. Meu corpo começava a formigar e minha percepção se alterava. Agora era a minha vez. Era a vez do meu cântico.
— Jeg heter Bjorn. Jeg higgelig Odin, Thor, Frey! Snakker du meg, Hel! Snakker du meg, Loki! Snakker du meg, Fenrir! Jeg er du sønn! Natt ånd, kommer fra Hel!
Meu povo, aqui é o Yuri. Não consigo mais acessar minha conta antiga, então criei essa nova. Dito isso, vamos lá!
On:
O cheiro do incenso me acalmava, preparava minha mente. A natureza ao meu redor ajudava a amaciar o meu espírito para a conexão. Michael preparava o altar e iniciava o cântico. No entanto, o maldito calor me impedia de ter uma sensação de lar completa ali. A diferença entre a vegetação não me incomodava, mas a temperatura sim. Tive que me concentrar em uma velha canção que nós usamos em Bergen para melhorar meu foco.
— Dessa forma, podemos nos conectar com nossos ancestrais. — disse ele, depois de deixar tudo pronto. — Não sei como vocês fazem isso na Noruega, mas aprendi assim por aqui. Respire fundo e pense em nossos antepassados. Talvez você consiga senti-los, se tiver alguma conexão com eles.
A vela ardia e Michael havia terminado o seu cântico. Meu corpo começava a formigar e minha percepção se alterava. Agora era a minha vez. Era a vez do meu cântico.
— Jeg heter Bjorn. Jeg higgelig Odin, Thor, Frey! Snakker du meg, Hel! Snakker du meg, Loki! Snakker du meg, Fenrir! Jeg er du sønn! Natt ånd, kommer fra Hel!
Vira Lata Asqueroso- Mensagens : 12
Data de inscrição : 18/01/2017
Re: Sweet Home Alabama - Capítulo II
Luke olha para Milla com confusão evidente nos olhos "Que viajante? Nao estou entendendo..."
monstroloko- Admin
- Mensagens : 504
Data de inscrição : 12/10/2010
Idade : 37
Localização : niteroi
Re: Sweet Home Alabama - Capítulo II
Era difícil se concentrar. A mente de Eve tinha certa facilidade em vagar por aí, sem propósito. “Sinta a energia de Gaia fluindo através de você. Purifique-se” foi o conselho de Elijah. Concentrou-se nisso. Purifique-se. Então sentiu toda a força ao seu redor invadir seu ser. Toda aquela essência, aquele sentimento de lar, de misturar-se com a natureza, fazer parte dela, tomou-a como nunca antes. Era magnífico, quase entorpecedor.
Quando estendeu a mão e tocou a chama da vela, não estava totalmente segura de si. Mas um sentimento empolgante veio quando não sentiu a pele queimar. Sentiu-se segura de si e orgulhosa ao ouvir a aprovação de Elijah.
- Isso é maravilhoso – sorriu, quase atônita – O que mais posso fazer? Quero aprender tudo o mais rápido que puder!
Quando estendeu a mão e tocou a chama da vela, não estava totalmente segura de si. Mas um sentimento empolgante veio quando não sentiu a pele queimar. Sentiu-se segura de si e orgulhosa ao ouvir a aprovação de Elijah.
- Isso é maravilhoso – sorriu, quase atônita – O que mais posso fazer? Quero aprender tudo o mais rápido que puder!
Dracone- Mensagens : 42
Data de inscrição : 20/11/2014
Idade : 29
Re: Sweet Home Alabama - Capítulo II
Luke
Milla rosnou, um tanto ranzinza.
— O Viajante, filhote. O dono de todos os caminhos e estradas. Procure por ele na Umbra. Chame seus amigos. E agora me deixe tirar uma soneca.
Com uma leve mordida em seus calcanhares, a loba enxotou o filhote da toca, depois se enrolou em torno de si mesma para dormir. Luke foi deixado ali, com muitas perguntas e nenhuma resposta. Na verdade, apenas a curiosidade latente o chamando para se aventurar de novo.
— O Viajante, filhote. O dono de todos os caminhos e estradas. Procure por ele na Umbra. Chame seus amigos. E agora me deixe tirar uma soneca.
Com uma leve mordida em seus calcanhares, a loba enxotou o filhote da toca, depois se enrolou em torno de si mesma para dormir. Luke foi deixado ali, com muitas perguntas e nenhuma resposta. Na verdade, apenas a curiosidade latente o chamando para se aventurar de novo.
Bjorn
- Rolagem:
- Ancestrais 3, dificuldade 8 para realizar ritual: 8, 3, 9 = 2 sucessos
O Ahroun se concentrou durante alguns minutos, entoando um cântico em homenagem aos ancestrais. O cheiro do incenso tomou conta do ar e de repente, parecia que o mundo à sua volta estava se modificando.
Em algum momento, ele sentiu frio. Quando abriu os olhos, estava numa clareira fria e coberta de neve. O Sol se escondia atrás de uma camada de nuvens cinzentas e soprava uma brisa fria e silenciosa. Uma sensação de familiaridade tomou conta dele.
Depois de algum tempo em silêncio, Bjorn sentiu a presença de alguém. Passos macetaram a neve da clareira e apareceu um homem alto e forte, vestido em roupas antigas, talvez da Idade Média. O homem era loiro e o cabelo comprido estava amarrado em algumas tranças grossas como cordas de navio. O rosto marcado pelo tempo e por batalhas exibia uma cicatriz extensa que lhe custara um olho escondido sob um tapa-olho. Havia runas entalhadas em seus braços.
— Muito bem, garoto. — o homem falou, numa língua antiga que, estranhamente, Bjorn entendeu. — Você me chamou, e eu vim.
Em algum momento, ele sentiu frio. Quando abriu os olhos, estava numa clareira fria e coberta de neve. O Sol se escondia atrás de uma camada de nuvens cinzentas e soprava uma brisa fria e silenciosa. Uma sensação de familiaridade tomou conta dele.
Depois de algum tempo em silêncio, Bjorn sentiu a presença de alguém. Passos macetaram a neve da clareira e apareceu um homem alto e forte, vestido em roupas antigas, talvez da Idade Média. O homem era loiro e o cabelo comprido estava amarrado em algumas tranças grossas como cordas de navio. O rosto marcado pelo tempo e por batalhas exibia uma cicatriz extensa que lhe custara um olho escondido sob um tapa-olho. Havia runas entalhadas em seus braços.
— Muito bem, garoto. — o homem falou, numa língua antiga que, estranhamente, Bjorn entendeu. — Você me chamou, e eu vim.
Eve
Elijah acenou com a cabeça.
— Vá com calma. Você acabou de começar. Por hoje é só isso. Faça uma pausa para o descanso. Volte amanhã bem cedo.
Ele se levantou e saiu dali, deixando a garota sozinha. Eve não tinha andado muito pelo caern desde a Mudança e achava que ainda havia muito a ser conhecido. Talvez agora fosse uma boa hora para aproveitar.
— Vá com calma. Você acabou de começar. Por hoje é só isso. Faça uma pausa para o descanso. Volte amanhã bem cedo.
Ele se levantou e saiu dali, deixando a garota sozinha. Eve não tinha andado muito pelo caern desde a Mudança e achava que ainda havia muito a ser conhecido. Talvez agora fosse uma boa hora para aproveitar.
Akira Toriyama- Avaliador de Ficha
- Mensagens : 492
Data de inscrição : 25/03/2010
Idade : 30
Re: Sweet Home Alabama - Capítulo II
Depois de conseguir realizar sua primeira tarefa com sucesso, sentiu-se frustrada por não poder continuar o treinamento, pois ainda estava muito animada.
De qualquer forma teria que usar essa energia fazendo algo. Decidiu explorar o lugar, que pouco conhecia. Saiu andando sem muitas intenções, pelos lugares que eram menos familiares a fim de conhecer o que ali era feito. Talvez encontrasse seus amigos e pudesse conversar um pouco sobre sua nova experiência, ou talvez conhecesse gente nova. Assim, saiu caminhando pelo caern a fim de conhecer mais coisas.
De qualquer forma teria que usar essa energia fazendo algo. Decidiu explorar o lugar, que pouco conhecia. Saiu andando sem muitas intenções, pelos lugares que eram menos familiares a fim de conhecer o que ali era feito. Talvez encontrasse seus amigos e pudesse conversar um pouco sobre sua nova experiência, ou talvez conhecesse gente nova. Assim, saiu caminhando pelo caern a fim de conhecer mais coisas.
Dracone- Mensagens : 42
Data de inscrição : 20/11/2014
Idade : 29
Re: Sweet Home Alabama - Capítulo II
Aquela sensação de calor começou a diminuir. Meus olhos permaneceram fechados o tempo todo. Gradativamente, o calor foi sumindo, dando lugar a um frio que se intensificava. Chegou a um ponto em que eu sentia flocos de neve caindo sobre a minha pele, barba e cabelos. Finalmente abri os olhos.
Lar...
Era uma clareira rodeada de pinheiros cobertos de neve e montanhas altas. Lá, muito longe, havia um fiorde. O sol estava tímido, oculto atrás das montanhas. Era um céu nublado, gélido e cinzento. Era o meu lugar.
Atrás de mim senti alguém, e quando me virei eu o vi.
— Muito bem, garoto. — o homem falou, numa língua antiga que, estranhamente, Bjorn entendeu. — Você me chamou, e eu vim.
Longas tranças podiam ser vistas em sua cabeleira loura. Seu rosto era um mapa de cicatrizes, com apenas um olho. Sua roupa deixava claro a sua época. A época da glória do meu povo. Era um verdadeiro guerreiro.
— É uma verdadeira honra estar em sua presença, e ouvir seus conselhos, nobre guerreiro, nobre antepassado.
Vira Lata Asqueroso- Mensagens : 12
Data de inscrição : 18/01/2017
Re: Sweet Home Alabama - Capítulo II
Luke fica atônito e confuso a principio. Depois da confusão inicial passar ele começa a se lembrar de suas lições como Galliard e tenta se lembrar se já ouviu alguma historia sobre espíritos ou outras criaturas da umbra chamadas de 'o viajante'.
#rolagem de inteligencia + ocultismo??#
Se lembrando também das muitas broncas que levou por se achar muito esperto, ele decide conversar com mais algum garou mais velho pra pedir conselhos antes dessa nova empreitada. Luke passa a vasculhar o caern atras de algum garou que deva ter mais informações sobre historias antigas ou a umbra.
#rolagem de inteligencia + politica pra saber quem procurar e carisma + manha pra ir perguntando do paradeiro??#
#rolagem de inteligencia + ocultismo??#
Se lembrando também das muitas broncas que levou por se achar muito esperto, ele decide conversar com mais algum garou mais velho pra pedir conselhos antes dessa nova empreitada. Luke passa a vasculhar o caern atras de algum garou que deva ter mais informações sobre historias antigas ou a umbra.
#rolagem de inteligencia + politica pra saber quem procurar e carisma + manha pra ir perguntando do paradeiro??#
monstroloko- Admin
- Mensagens : 504
Data de inscrição : 12/10/2010
Idade : 37
Localização : niteroi
Re: Sweet Home Alabama - Capítulo II
Eve e Luke
- Rolagem:
- Luke rolou Inteligência + Ocultismo para lembrar de uma lição: 10, 10, 5 = 2 sucessos
A garota andou pelo caern por alguns minutos, fascinada pela natureza ao seu redor. Como qualquer pessoa criada na cidade, Eve não era acostumada à sensação de ter à sua volta árvores, terra e o canto dos pássaros. Lembrou-se de que, assim que chegara em Greenfield, uma das coisas que mais a assustara era justamente o contato com a natureza. Era estranho pensar que agora, sentia-se muito mais segura e livre ali do que em sua própria casa.
Em algum momento, ela viu Luke. O Uktena parecia um pouco confuso enquanto andava, e nem percebeu sua proximidade. Ao chamar sua atenção, o rapaz a cumprimentou de maneira amigável. Encontrar sua amiga naquele momento era uma coincidência em tanto. Talvez ela o ajudasse a encontrar uma solução para a sugestão de Milla.
OFF: Criem um diálogo aqui, pessoal.
Em algum momento, ela viu Luke. O Uktena parecia um pouco confuso enquanto andava, e nem percebeu sua proximidade. Ao chamar sua atenção, o rapaz a cumprimentou de maneira amigável. Encontrar sua amiga naquele momento era uma coincidência em tanto. Talvez ela o ajudasse a encontrar uma solução para a sugestão de Milla.
OFF: Criem um diálogo aqui, pessoal.
- Para Ivan:
- Luke se lembra de uma lição que teve nas últimas semanas. Milla lhe contou que existe uma casta de espíritos viajantes e misteriosos que nem sempre se mostram por completo. Há alguns anos, ela encontrou um desses andando pelas cercanias de Greenfield e o ajudou com um problema. Num sinal de gratidão, o espírito lhe disse que poderia chamá-lo quando precisasse, bastando para isso despejar um pouco de whisky à beira da estrada e chamar por ele.
Uma curiosidade é que embora Milla o classifique como espírito, ela mesma não tem certeza de sua origem. A impressão que Luke tem é que a anciã só o chama assim por falta de termo melhor, já que ela é uma lupina que pouco conhece a linguagem humana.
Bjorn
O ancestral olhou para o cliath, como se o avaliasse.
— Agradeço a visita, moleque. Nesses tempos, quase ninguém se lembra dos ancestrais. Eu sou Olaf Olho da Tempestade. Ganhei este nome no meu Rito de Iniciação, quando me bati com um maldito com controle sobre a tempestade. — ele fez um gesto indicando o tapa-olhos — Já deve ter percebido o resultado, não é? O maldito não pode dizer que se saiu melhor do que eu.
Deu uma risada. Então suspirou.
— Aqueles eram bons tempos, moleque. Vivi uns bons anos me jogando contra essas criaturas nojentas, depois fui ensinar os Fianna a lutar como homens de verdade nas Ilhas Britânicas. Quando aquela briga retardada cansou a todos, resolvemos que decapitar Espirais Negras era mais divertido que disputar caerns na Irlanda. Mas não pense que eu morri de velho. O Pai Fenris me livrou dessa vergonha.
Mais uma risada. Depois, um olhar mais sério. Bjorn sentiu um arrepio na espinha.
— Moleques do seu tempo nunca nos procuram à toa. Se você está aqui, é por alguma razão. Alguma coisa te aflige?
— Agradeço a visita, moleque. Nesses tempos, quase ninguém se lembra dos ancestrais. Eu sou Olaf Olho da Tempestade. Ganhei este nome no meu Rito de Iniciação, quando me bati com um maldito com controle sobre a tempestade. — ele fez um gesto indicando o tapa-olhos — Já deve ter percebido o resultado, não é? O maldito não pode dizer que se saiu melhor do que eu.
Deu uma risada. Então suspirou.
— Aqueles eram bons tempos, moleque. Vivi uns bons anos me jogando contra essas criaturas nojentas, depois fui ensinar os Fianna a lutar como homens de verdade nas Ilhas Britânicas. Quando aquela briga retardada cansou a todos, resolvemos que decapitar Espirais Negras era mais divertido que disputar caerns na Irlanda. Mas não pense que eu morri de velho. O Pai Fenris me livrou dessa vergonha.
Mais uma risada. Depois, um olhar mais sério. Bjorn sentiu um arrepio na espinha.
— Moleques do seu tempo nunca nos procuram à toa. Se você está aqui, é por alguma razão. Alguma coisa te aflige?
Connor
Connor parou o carro quando a estrada de terra acabou. A alguns metros dali, uma casa antiga se agigantava diante deles, num aspecto colonial. Parecia ter entrado em algum filme da época da Guerra Civil.
Como se tivessem adivinhado a chegada de alguém novo, um homem grandalhão, de cerca de cinqüenta anos apareceu na porta, olhando para os recém chegados com a testa franzida.
— Lembre-se do que eu falei — disse Flecha Certeira. — Estamos em território estranho e não sabemos como eles vão nos receber. Tente não falar demais sobre o que aconteceu no passado.
O Garou mais velho desceu primeiro e foi em direção ao homem. Connor viu os dois conversando por um momento, então sentiu que estava sendo observado. Ao olhar através do vidro do carro, viu um homem de mais ou menos trinta anos vestindo roupas de trabalho comuns. Ele tinha cabelo loiro, olhos azuis e porte aristocrático. Com apenas um olhar, Connor o reconheceu como um Presa de Prata. Estranhamente, o homem mais velho com quem Flecha Certeira conversava também tinha traços europeus. Aquele lugar parecia estar cheio dos estrangeiros.
Seus pensamentos foram interrompidos quando seu professor o chamou para fora.
— Este é Connor, meu pupilo. Connor, este é Igor Kovalick, parente dos Presas de Prata. Nós vamos ficar aqui, por enquanto.
Como se tivessem adivinhado a chegada de alguém novo, um homem grandalhão, de cerca de cinqüenta anos apareceu na porta, olhando para os recém chegados com a testa franzida.
— Lembre-se do que eu falei — disse Flecha Certeira. — Estamos em território estranho e não sabemos como eles vão nos receber. Tente não falar demais sobre o que aconteceu no passado.
O Garou mais velho desceu primeiro e foi em direção ao homem. Connor viu os dois conversando por um momento, então sentiu que estava sendo observado. Ao olhar através do vidro do carro, viu um homem de mais ou menos trinta anos vestindo roupas de trabalho comuns. Ele tinha cabelo loiro, olhos azuis e porte aristocrático. Com apenas um olhar, Connor o reconheceu como um Presa de Prata. Estranhamente, o homem mais velho com quem Flecha Certeira conversava também tinha traços europeus. Aquele lugar parecia estar cheio dos estrangeiros.
Seus pensamentos foram interrompidos quando seu professor o chamou para fora.
— Este é Connor, meu pupilo. Connor, este é Igor Kovalick, parente dos Presas de Prata. Nós vamos ficar aqui, por enquanto.
Akira Toriyama- Avaliador de Ficha
- Mensagens : 492
Data de inscrição : 25/03/2010
Idade : 30
Re: Sweet Home Alabama - Capítulo II
Os olhos escuros focavam a estrada à frente, as mãos firmes no volante do carro enquanto o ronco grave do motor embalava seus pensamentos, quase sincronizados com o ritmo de John The Revelator. Connor inspirou profundamente, ainda observando os arredores e a figura com a qual seu mentor conversava. Ele sabia que se tratava de estrangeiros, e um grunhido escapou por seus lábios. “Mas que droga de lugar é esse?” Deu de ombros. Flecha Certeira sabia o que estava fazendo. “Presas de Prata. Malditos Presas de Prata.”
Seus pensamentos então vagaram para o ataque à Seita da Colina Quebrada, mas antes que pudesse concentrar-se nas lembranças, a voz de Flecha Certeira o trouxe de volta à realidade. Connor encarou o estrangeiro por alguns segundos antes de desligar o carro e o rádio, para finalmente descer do veículo. O rapaz franziu a testa à menção do nome do estrangeiro e de seu parentesco, mas decidiu permanecer calado. Apesar de tudo, ele estendeu a mão para o homem, oferecendo um aperto de mão. Em seu rápido julgamento, Connor decidiu que não tinha motivos para confiar naquele homem. No entanto, se Flecha Certeira confiava...
Seus pensamentos então vagaram para o ataque à Seita da Colina Quebrada, mas antes que pudesse concentrar-se nas lembranças, a voz de Flecha Certeira o trouxe de volta à realidade. Connor encarou o estrangeiro por alguns segundos antes de desligar o carro e o rádio, para finalmente descer do veículo. O rapaz franziu a testa à menção do nome do estrangeiro e de seu parentesco, mas decidiu permanecer calado. Apesar de tudo, ele estendeu a mão para o homem, oferecendo um aperto de mão. Em seu rápido julgamento, Connor decidiu que não tinha motivos para confiar naquele homem. No entanto, se Flecha Certeira confiava...
Connor Strickland- Mensagens : 2
Data de inscrição : 29/01/2017
Re: Sweet Home Alabama - Capítulo II
Vendo Eve, Luke se lembra que ela é uma theurge, abre um sorriso e respira um pouco mais aliviado. "Eve! Era exatamente você que eu procurava. A theurge anciã Folha de Outono me mandou procurar um espirito para ajudar a ajeitar a situação do véu que a nossa briga da outra semana causou."
Ele para de falar e respira um pouco antes de continuar "Então, eu preciso de ajuda de alguém que entenda um pouco mais da umbra, você se anima de vir junto? Certamente ajudar um amigo a obedecer a litania a pedido de uma anciã vai render renome. Provavelmente honra e sabedoria... mas se a gente convencer o Bjorn a vir também podemos morder uns malditos e ganhar um pouco de glória também!! Não sei quanto a voce, mas eu to doido pra não ser mais tratado como filhote..."
Ele para de falar e respira um pouco antes de continuar "Então, eu preciso de ajuda de alguém que entenda um pouco mais da umbra, você se anima de vir junto? Certamente ajudar um amigo a obedecer a litania a pedido de uma anciã vai render renome. Provavelmente honra e sabedoria... mas se a gente convencer o Bjorn a vir também podemos morder uns malditos e ganhar um pouco de glória também!! Não sei quanto a voce, mas eu to doido pra não ser mais tratado como filhote..."
monstroloko- Admin
- Mensagens : 504
Data de inscrição : 12/10/2010
Idade : 37
Localização : niteroi
Re: Sweet Home Alabama - Capítulo II
— Moleques do seu tempo nunca nos procuram à toa. Se você está aqui, é por alguma razão. Alguma coisa te aflige?
— A pouco tempo tivemos contato com um grupo de mercenários. Ficou claro para nós que esses homens trabalhavam para uma força maior, obscura; falando mais claramente: vampiros. Conseguimos conter a ameaça, por agora. No entanto, é certo que vão tentar novamente.
Honestamente eu não sabia qual seria a reação do ancestral. Eu só poderia esperar que ele me orientasse de forma clara ao cerne do problema, para que pudéssemos extirpá-lo de vez.
— A pouco tempo tivemos contato com um grupo de mercenários. Ficou claro para nós que esses homens trabalhavam para uma força maior, obscura; falando mais claramente: vampiros. Conseguimos conter a ameaça, por agora. No entanto, é certo que vão tentar novamente.
Honestamente eu não sabia qual seria a reação do ancestral. Eu só poderia esperar que ele me orientasse de forma clara ao cerne do problema, para que pudéssemos extirpá-lo de vez.
Vira Lata Asqueroso- Mensagens : 12
Data de inscrição : 18/01/2017
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|