Lobisomens - O Apocalipse
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Sweet Home Alabama

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Mensagem por Akira Toriyama Sex Set 26, 2014 1:05 pm

Muito bem, pessoal, aqui vamos nós para uma aventura nos ermos do Alabama. Para boa convivência de todo mundo, quero colocar aqui algumas regras, observações e regras próprias da mesa que eu costumo usar quando narro:

1. Não uso o sistema de ações múltiplas. Qualquer uso de mais de uma ação no mesmo turno, prefiro usar só as jogadas de Fúria;

2. Em vez de rolar os 10 tirados com especializações, eu diminuo a dificuldade da jogada em -1. Logo, se você tiver duas especializações, a dificuldade da jogada cai em -2. Caso a jogada caia para uma dificuldade abaixo de 5, eu dispenso a rolagem e considero sucesso automático.

3. Meus critérios para ganho de XP:


  • Regularidade. Pretendo fazer pelo menos dois posts por semana. Eu sei: somos todos adultos, com vidas fora da internet e muitos compromissos, mas tentem manter um pouco de regularidade nos posts. No máximo, deem um toque caso tiverem algum problema e não puderem postar. Não sou nenhum tirano que não vai aceitar justificativa em caso de falta, mas pelo menos assim eu já consigo me organizar pra segurar a sua ausência até você voltar.

  • Ortografia. Vamos tentar manter o bom português ao máximo aqui, gente. Não tem nada pior que um post cheio de internetês, palavras erradas e abreviações. Dificulta a leitura e fica feio pra cacete.

  • Interpretação. Dispensa comentários, né?

  • Trabalho em equipe. Pior que falta de ortografia, só aquela mesa em que os jogadores não trabalham em equipe. Briguinhas retardadas entre personagens que travam o jogo serão punidas na hora de distribuição de XP. Interpretação é uma coisa, intriga na mesa é outra totalmente diferente e extremamente desagradável. Estamos todos aqui para nos divertir, então vamos nos divertir e deixar essas coisas de lado. Motivos de chateação a gente encontra de sobra no dia-a-dia. Aqui, vamos prezar pela diversão e boa convivência. Lobisomem é um jogo de trabalho em equipe, de abrir mão das diferenças para um bem maior - vamos manter esse pensamento constante aqui.


No mais, divirtam-se.

Tópico OFF


Última edição por monstroloko em Qui Jan 29, 2015 2:45 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Adicionado link p discussão em OFF)
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Mensagem por Akira Toriyama Qua Out 08, 2014 12:46 pm

Buscador de Histórias



Dor.

A única coisa que Luke conseguia pensar era na dor que sentia. O mundo se transformara em trevas infinitas que entorpecia seus sentidos e lhe torturava com dores e mais dores. Dor estava por todos os cantos, de todas as formas. E ele não sabia por quê.

Abriu os olhos, e logo reclamou da luz que entrava entre os galhos que ofuscava seus olhos. Estava nu, dolorido e quase cego. Em sua mente, uma estranha sensação de familiaridade apareceu. Lembrou-se daquele dia no lago. Estremeceu. Era verdade.

Ouviu passos de alguém que não fazia questão de se esconder perto dele. De olhos fechados, não dava para saber quem era, e isso aguçou seus sentidos. Precisava se preparar para o pior, mas não tinha forças. Nem mesmo para gritar.

— Calma garoto — disse uma voz conhecida. — Não estamos aqui pra te machucar. Finalmente te achamos. Você anda fazendo muita merda por aí.

Luke abriu os olhos, agora já acostumado com a luz. O vulto perto dele já podia ser visto mais facilmente, e o jovem reconheceu o homem de uns trinta anos, robusto e com uma barba castanha farta no rosto. Era Carl Hall, o dono do Outpost. Ao seu lado, estava o xerife Dempsey e um cão grande e magro de pelagem bege que vivia perambulando nas ruas da cidade e vez ou outra comia alguns restos de comida do bar.

— Cara, você fez uma bagunça — disse o xerife, num tom mais descontraído que o esperado. Se Luke estava fazendo bagunça, por que os três apenas o olhavam com aquela naturalidade.
— Venha, vamos te ajudar.

OFF: Ivan, aqui começa a história pra você. Se quiser descrever o que rolou antes que o fez se transformar, fique à vontade. Descreva também como é a relação do Luke com esses NPCs que estão na cena. Vai ser importante para a interação.

Bjorn


Bjorn acordou quando o ônibus parou na pequena rodoviária. Havia pelo menos seis horas que a única coisa que ele fora capaz de fazer era dormir e se entediar enquanto olhava a paisagem mudando do lado de fora. Greenfield não tinha aeroporto, de forma que ele tivera que embarcar na cidade mais próxima e depois pegar um ônibus que o levasse para lá. A cabeça estava confusa com o fuso-horário e o estômago começava a reclamar das horas passadas naquele ônibus. Felizmente, estava tudo terminando.

A rodoviária de Greenfield era minúscula. Havia apenas três plataformas de embarque, dois guichês para comprar passagens e uma pequena lanchonete de conveniências. Pessoas iam e vinham por ali, todas aparentemente familiarizadas com tudo aquilo. A calmaria do interior que o jovem Garou não conhecia.

— Bjorn Yngste Manen — ouviu uma voz pronunciar seu nome com sotaque atrás de si. — Acho que é você quem estamos esperando.

Bjorn virou-se e encontrou um rapaz jovem, talvez pouco mais velho que ele. Era vários centímetros mais baixo e muito mais franzino, mas o jovem Cria sabia, de forma instintiva, que devia obedecê-lo, embora ele não demonstrasse nenhuma ameaça física. Ele tinha o cabelo loiro curto e roupas um tanto deslocadas para alguém que vivia no interior — até então, uma camiseta do Blind Guardian era extremamente inesperada num ambiente daqueles. O braço direito todo tatuado mostrava um esquema intricado de padrões tribais misturados com glifos Garou. Bjorn não reconhecia todos, mas conseguiu decifrar os mais conhecidos: Cria de Fenris e Theurge.

OFF: Warg, este é o seu pontapé inicial. Descreva a aparência do seu personagem, como ele anda e se veste. Ele está chegando numa comunidade nova, e isso é muito importante para estabelecer a impressão que as pessoas vão ter dele. Você pode inserir lembranças, pensamentos e o que mais for enriquecer seu post. Fique à vontade.
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Mensagem por Blodtørstige Warg Qua Out 08, 2014 4:16 pm

Meus olhos abriram quando eu escutei o barulho do freio. Um sentimento de empolgação e adrenalina começaram a aflorar dentro de mim. Era de fato uma tortura ficar tanto tempo parado em um único lugar. A paisagem mudava constantemente. Tudo era muito diferente de velha terra. A principal mudança era o clima, como já haviam me informado antes de tudo isso acontecer. Tudo era muito quente. Era tão quente que chegava a dar desespero. Tudo piorava com as roupas, afinal elas tinham uma composição de fibras diferentes das roupas usadas pelos cidadãos daqui. Até nossas roupas mais simples, isto é, as roupas dos noruegueses, possuem fibras mais pesadas, projetadas para suportar o inverno das montanhas e o frio constante que é característico de nossa região.

Não havia aeroporto na cidade. Eu tive que embarcar em uma cidade vizinha e depois tomar um ônibus. O voo até que foi rápido, mas o ônibus pareceu durar uma eternidade. Nunca havia sentido tanto tédio e fome, e também nunca havia visto uma cidade tão pouco desenvolvida como essa. Claro, certamente há piores, mas mesmo Bergen era muito mais que três plataformas de embarque e dois guichês. E como se isso não bastasse, esse aparente atraso não era apenas geográfico, mas também social. Esse era um país muito cristão e conservador, e desde o voo até a viagem de ônibus tive que lidar com os mais variados tipos de olhares. Eram os meus olhos que causavam isso, ou eram meus cabelos compridos e cavanhaque longo e cheio? Estavam me admirando ou me repudiando? Talvez fossem as roupas... Coturnos, calças de couro e uma camisa tradicional escandinava com gola larga de fato não era a moda por aqui. Muitos que me olhavam estranho possuíam crucifixos no pescoço e demonstravam ora certo receio, ora certo asco. De fato não ia ser fácil. Espero me habituar rápido a tudo isso.

Soltei os cabelos para ajeitá-los, já que dormi todo desengonçado no banco, e então os prendi de novo. Passei a mão no cavanhaque para alinhar os pelos e limpei porcamente a boca e os olhos com os dedos. Talvez fosse os restos secos de baba que escorreram da minha boca enquanto eu dormia que causou a má impressão, sei lá... Bem, que se foda. Dormir funcionou. Eu agora estava livre do ônibus. Assim que saltei, senti um mormaço aterrador penetrando na minha pele. Olhei para cima e meus olhos chegaram a doer. Era a primeira vez que eu via um Sol tão forte e cruel como aquele. Odin deve estar irritado hoje.

Os meus olhos captavam a calmaria. A sensação pacata não era muito diferente de Bergen e de outras cidades costeiras da Noruega, mas havia algo nessa calmaria que era diferente. Havia algo que eu estava estranhando. Decidi não me concentrar nisso, e novamente meu estômago, em um ronco descomunal, me lembrava que fazia muito tempo que eu não comia nada, então decidi ir até uma pequena lanchonete próxima de um dos guichês, quando escutei uma voz atrás de mim, usando um nome que só um garou usaria.

— Bjorn Yngste Manen.  Acho que é você quem estamos esperando.
Me virei e vi um jovem, como eu. Ele até tinha as roupas parecidas com a minha, embora seu cabelo fosse curto. A camiseta era de uma banda conhecida, chamada Blind Guardian. Não tínhamos muito o hábito de ouvir essa banda na Noruega, mas músicas como "Valhalla" fizeram-na conhecida no nosso país. De qualquer forma esse tipo de vestimenta era incomum para um ambiente como aqueles, mas de qualquer forma, isso me alegrou. Eu já não era mais o único "esquisito" daquele lugar. Suas tatuagens revelavam os padrões tribais dos garou cuja a maioria eu pude decifrar, como "Cria" e "Theurge". Eu estava diante de um irmão de tribo, um Theurge, mas como eu deveria me dirigir a ele? Seria melhor em inglês, ou ele saberia falar a língua da velha terra? Talvez eu devesse tentar ambos.

Hilsener, bror. — primeiro eu o saudei formalmente em  bokmål, isto é, o dialeto tradicional da Noruega. — Eu sou Bjorn. Suponho que você é o irmão que Erling me enviou para encontrar.

Eu devo manter o comportamento que mantenho com os meus irmãos na Noruega. Me manter calado e respeitar a todos que me respeitarem. Intrigas e discussões desnecessárias não ajudarão em nada. Eu sou um ser de ações.

OFF: Hilsener, bror. = Saudações, irmão.
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Mensagem por monstroloko Qui Out 09, 2014 12:32 am

---Ontem---
Luke corria silenciosamente pela floresta. Uma leve lança com ponta de madeira afiada na mão esquerda, sapatos de couro cru e macio protegendo os pés. Seus saltos por cima de pedras e até mesmo em alguns galhos fazendo parecer fácil essa corrida pelo meio do mato.

Nas costas o garoto leva um saco de pano onde ainda se lê "Adidas" apesar de bem desbotado e muito costurado com uma linha bem grossa. Dentro do saco há frutas e raízes silvestres que já foram colhidas de vários canteiros escondidos em uma região de vários kilometros quadrados.

Agora que ele já conseguiu todos os vegetais que vai precisar pelos próximos dois dias é chegada a hora de conseguir carne. Luke nunca entendeu como algumas pessoas podem se satisfazer com uma dieta vegetariana. O principal motivo disso é que ele nunca entendeu como alguem pode dispensar a chance de comer algo que ele mesmo caçou.

Luke ouve um som, e para imediatamente. Sua cabeça se move leve mente pra esquerda. Ele ouve o som de novo, mais alto dessa vez. Ele dispara correndo novamente. Seu coração bate forte no peito, porém a respiração ainda esta normal. Anos correndo na floresta ensinaram ao garoto como economizar energia nesse ambiente. Ele troca a lança de mão conforme se aproxima de sua presa e a vê pela primeira vez.

Um peru selvagem gordo e saudável, olhando na direção errada... perfeito! Luke não perde tempo pensando e arremessa a lança, que acerta seu alvo.

O garoto para de correr e se aproxima, olhando o corpo do peru com uma fome nascida do prazer e do orgulho. A boca cheia de saliva e a mente cheia de planos... é assim que Luke está quando percebe seu erro.

Um rugido e o barulho de pesadas passadas. Uma sombra se move rapidamente na visão periférica de Luke e ele sabe que esta profundamente enrascado.

O urso negro se move rápido, se aproximando e dando uma patada no ombro de Luke antes que ele possa fugir. O garoto rola pelo chão até bater em uma arvore. O impacto deixa o garoto tonto, além dele já estar dom o ombro deslocado pelo golpe do urso. Nesse momento o urso vê o garoto caído e confuso, sangrando profusamente. O urso resolve ir pegar o peru primeiro e Luke vê isso.
Luke não consegue compreender o por que,  mas ver o urso roubando sua presa é mais enfurecedor que ser atacado pelo mesmo. Ele sente sua respiração finalmente escapando a seu controle, seu coração bate tao forte que o sangue de seu ombro esguicha longe, seus ferimentos queimam como se alguem tivesse jogado brasas neles.

Luke se levanta, e ele sabe que não devia conseguir fazer isso, mas não se importa. Sua visão está vermelha e sua mente só se concentra no urso. Ele sabe que só há uma coisa que ele realmente queira agora: lutar!

---Agora---
Luke esta caído no chão, nu. Seu corpo esta pesado, exausto, dolorido como nunca esteve. Sua mente esta lenta, confusa. Até pensar é doloroso.

O garoto tenta falar. Não consegue.

Ele fica no chão respirando, tentando juntar forças pra responder ao homem que fala com ele. Uma memoria confusa vem à mente: ele socando o urso. Varias vezes. Ele mordendo o urso. ABSURDO!!! Porém ele está de fato com um gosto estranho na boca...

Ele finalmente ergue a cabeça "O urso não me matou?! Porque?" Ele se levanta e segue os outros. "Você pode me emprestar uma calça?"



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Mensagem por Akira Toriyama Seg Out 13, 2014 5:09 pm

Buscador de Histórias


Carl jogou uma calça jeans em sua cara.

— Vista-se. Não vai ser legal sair por pela cidade com a bunda de fora — disse, num tom sarcástico — Já basta os sustos que você anda dando no pessoal.

Luke se vestiu. Enquanto isso os dois pareciam calmos demais com tudo que acontecia. O cão bege e magro que estava por ali cheirou o garoto, encostando seu focinho gelado em sua pele. Um rosnado amigável dava a impressão de que ele estava fazendo alguma piada. Luke não sabia o que ele dizia, mas tanto o xerife como Carl riram.

— Você está entre amigos e não está numa fria — disse o xerife. — Digamos que você não é bem o que pensa que é. Me diz uma coisa, garoto: seu avô nunca te contou umas histórias um tanto... estranhas?

Bjorn Yngste Manen


O rapaz lhe deu um sorriso amistoso.

— Muito prazer, Bjorn. Eu sou Michael Dempsey Invocador da Wyld, Theurge Cria de Fenris Fostern da Seita do Monte Vermelho — ele se apresentou, apertando a mão do Cliath. — Não sou aquele que Erling disse que você encontraria, mas recebi ordens para vim te buscar. Você está com fome?

Antes da resposta, o Theurge começou a conduzi-lo para a pequena lanchonete que havia por ali. Bjorn acompanhou-o até ali e sentou-se em uma das mesinhas que havia ali perto. Logo Michael voltou carregando dois sanduíches e uma garrafa de coca.

— Vamos comer — disse ele. — Imagino que a viagem tenha sido muito cansativa, não?
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Mensagem por Blodtørstige Warg Seg Out 13, 2014 8:11 pm

Retribui o aperto de mão. Era um sujeito mais simpático do que eu, então aparentemente não iríamos ter problema algum. Ele não era quem eu esperava, mas não fazia diferença, já que ia me levar até eles.

Ele me perguntou se eu estava com fome. Antes mesmo de ouvir a minha resposta incrivelmente óbvia, ele me conduziu à lanchonete.

— Vamos comer. Imagino que a viagem tenha sido muito cansativa, não?

— De fato fora. Acho que nunca senti tanta fome e tédio ao mesmo tempo, e ainda estou tentando fazer o meu corpo me habituar com o clima. De qualquer forma, fico feliz que tenha terminado.

Observo o que Michael pede, e então peço o mesmo. Enquanto nosso lanche é preparado, puxo conversa com ele, embora de uma forma séria, sem tentar parecer exageradamente simpático ou palhaço.

— É um lugar bem pacato, Michael. Sem dúvidas transmite muita calmaria. No entanto, há algo no ar que eu estou estranhando assim que saí do ônibus... Pode ser somente falta de costume, mas... diga-me, como os nossos inimigos atuam nesse lugar?

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Mensagem por monstroloko Seg Out 13, 2014 11:05 pm

Luke pega a calça e começa a se vestir. Ele apoia uma mão numa arvore proxima pois ainda esta desequilibrado.

Os dois homens vão falando e o garoto ouve e vai rapidamente ficando mais sobrio. Ele sabe que não é um dos encrenqueiros, então o xerife não o assusta. Carl estar ali é estranho, mas ele não é amigo nem tem motivo para querer fazer mal a Luke. Já o cachorro parece apenas curioso, quase risonho. Com esses pensamentos Luke relaxa e começa a tentar conversar.

"Mas por que eu estaria encrencado xerife? Eu me lembro de um urso e acho que de alguma forma escapei... eu fiz algo?", ao falar isso o jovem indio começa a se lembrar vagamente de correr e gritar... ou seria uivar? Allém disso ele lembra correr atras de algo... uma ovelha ou cabra... e de matar o bicho... A DENTADAS???????

O garoto começa a andar pra tras, querendo negar ou mesmo fugir das estranhas lembranças em sua mente. Ele sacode a cabeça e olha pro cachorro que parece estar se divertindo com o que vê. "Se essa PORRA desse cachorro rir da minha cara eu vou saber que estou louco!" Ele fica olhando fixamente pro cachorro enquanto respira intensamente, como se tivesse corrido por sua vida.
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Mensagem por Akira Toriyama Qua Out 15, 2014 3:14 pm

Buscador de Histórias


As coisas estavam realmente estranhas. Primeiro, aquele sonho estranho com o urso. Agora, aqueles três que o cercavam sem que Luke soubesse a razão. Alguma coisa lá dentro parecia querer gritar. A cabeça lhe dizia que não havia motivos para isso, mas os instintos gritavam mais alto.

— Você quase matou o urso — disse o xerife, verificando a arma. — Os caçadores não tiveram tanta sorte assim. Não se preocupe, nós somos amigos. E o cão não é um cão. Ele pode ter perdoado seu engano pela primeira vez, mas se o chamar de novo assim corre um sério risco de ser cortado ao meio.

Carl lhe estendeu um sanduíche com fatias grossas de salame. Enquanto o garoto mastigava, ele lhe indicou um tronco caído para que se sentasse.

— Coma, garoto — disse ele, acompanhando. — Vamos conversar antes de voltar. O xerife e Clark vão olhar o perímetro e garantir que não vamos ser interrompidos por um tempo. Seu avô te contou histórias que você achou estranhas. Você teve sonhos mais estranhos ainda. Sonhos em que você corre em quatro patas, que uiva pra Lua e que caça criaturas que nunca viu. Não sou um Galliard, então vou direto ao ponto: esses sonhos são verdades. Você é um Garou.
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Michael deu a primeira mordida no sanduíche.

— Essa é uma conversa um tanto perigosa para se ter aqui, mas não tanto quanto em cidades maiores — disse. — Temos relativa tranquilidade por aqui, se quer saber. Mas ainda assim, enfrentamos muita coisa desagradável. Venha, vamos conversar num lugar mais seguro.

Ele pegou o sanduíche ainda pela metade e carregou para um carro antigo que os esperava do lado de fora da rodoviária. Bjorn o acompanhou dando um gole na lata de refrigerante.

— Não repare muito na bagunça — disse, quando o Cliath entrou no carro. — Minha matilha tem um lupino que acha graça em fingir que é cachorro. Ele é o responsável por toda essa espuma solta que você está vendo aí.

O carro tremeu quando foi ligado, soltando um ronco baixo e repetitivo. Logo, estavam andando pelas ruas da cidade. No rádio, Tristania tocava. Bjorn sentiu uma estranha sensação de familiaridade.

— Música norueguesa para um cara norueguês — brincou Michael. — Você tem cara de quem gosta desse tipo de música.

Ele fez uma pausa para mais um gole. No retrovisor, o xaveiro de um esqueleto balançava, batendo os dentes.

— Você perguntou sobre os nossos inimigos — começou. — Bem, nós temos relativa tranquilidade por aqui, como disse mais cedo. Mas está longe de ser fácil. Tem sempre uma coisa pra nos tirar do sossego, se me entende. Ultimamente, estamos tentando combater um grupo de empresários que resolveu ter certo interesse em nossas florestas. Mas estamos apenas no princípio. De resto, Espirais Negras que aparecem, malditos e os vampiros, embora eles não apareçam muito por aqui. Mas ultimamente temos dificuldades com eles, também.

O carro virou uma esquina e começou a rumar para os limites da cidade.

— Você vai ficar no caern — informou ele. — Com sorte, temos alguma influência na cidade, por causa do meu irmão. Ele é o atual xerife. Mas a família Presa de Prata detém algumas terras na região que incluí o nosso caern.

Entraram numa estrada de terra que dava para uma fazenda grande e antiga. Dali, Bjorn podia ver a casa principal. A construção lhe lembrava as grandes casas de fazenda dos filmes western que vira na vida. O Cria não era familiarizado com a cultura americana, mas podia imaginar que aquele tipo de construção era bem rara nos dias de hoje.

— Vamos entrar — chamou o Theurge. — Estão à sua espera.

OFF: Warg, não sei se você já ouviu Tristania, mas se nunca ouviu, pode ouvir uma música deles aqui. Eu gosto bastante, particularmente. Talvez você goste e o seu personagem também. XD
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Mensagem por Blodtørstige Warg Qua Out 15, 2014 8:19 pm

Michael me informou o básico. Como eu imaginava, ele não iria querer falar daquelas coisas em uma lanchonete, então pagamos, pegamos nossa comida e fomos para o carro dele, que estava estacionado fora da rodoviária.

— Não repare muito na bagunça. Minha matilha tem um lupino que acha graça em fingir que é cachorro. Ele é o responsável por toda essa espuma solta que você está vendo aí.

— Sem problemas. Um irmão é um irmão para mim. Se o caráter fala mais alto que os hábitos, não há problema algum.

Michael ligou o carro, dando um ronco constante, porém baixo. Comecei a prestar atenção ao redor da cidade enquanto ele conduzia o veículo em velocidade moderada, o que me permitia ver o povoado detalhadamente.  De repente, algo que eu conhecia tocou na rádio, o que fez Michael soltar uma piada descontraída. Era Tristania. Uma banda conhecida dentre aquelas bandas que tinham como característica uma líder/vocalista feminina, que normalmente atacava a voz entre o soprano e o mezo.

— Música norueguesa para um cara norueguês.Você tem cara de quem gosta desse tipo de música.

— E você também, certo? — Digo sorrindo de forma reservada — Sim, conheço bem. Fui para Stavanger uma vez, a caminho de Kristiansand; mas em Bergen, o pessoal gosta mesmo é de uns caras que gritam muito e gostam de queimar coisas, principalmente igrejas... Loucura total. De qualquer forma, não nego que a Vibeke ronda a minha cabeça desde quando eu não tinha pêlos nem lá embaixo... — dessa vez eu não pude segurar o sorriso malicioso.

— Você perguntou sobre os nossos inimigos. Bem, nós temos relativa tranquilidade por aqui, como disse mais cedo. Mas está longe de ser fácil. Tem sempre uma coisa pra nos tirar do sossego, se me entende. Ultimamente, estamos tentando combater um grupo de empresários que resolveu ter certo interesse em nossas florestas. Mas estamos apenas no princípio. De resto, Espirais Negras que aparecem, malditos e os vampiros, embora eles não apareçam muito por aqui. Mas ultimamente temos dificuldades com eles, também.  

Era como eu imaginava. Erling não iria me dar uma tarefa fácil. Mas não importa. Seja o que for, por gaia eu devo enfrentar.

— Não nego que de todos os citados, os vampiros são os que eu mais tenho vontade de destroçar...

— Você vai ficar no caern. Com sorte, temos alguma influência na cidade, por causa do meu irmão. Ele é o atual xerife. Mas a família Presa de Prata detém algumas terras na região que incluí o nosso caern.

— Não se preocupe. Não é intenção minha arrumar encrenca com as outras tribos. De qualquer forma, obrigado. Não há lugar melhor para mim do que um caern.


Depois de um tempo rondando, Michael entrou em uma grande estrada de terra que acabava em uma fazenda, onde já era possível ver uma construção antiga. De fato era um novo tipo de carn, muito diferente do de Bergen, mas sem dúvida a doce paz que eu sentia espiritualmente é a mesma. O carro então parou, e a ansiedade começou a me tomar novamente, como quando eu estava no ônibus.

—Vamos entrar.Estão à sua espera.

— Vamos lá!

Apesar de eu caminhar no mesmo ritmo calmo de Michael, minha ansiedade crescia mais e mais, conforme eu me aproximava da entrada.
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Mensagem por monstroloko Qui Out 16, 2014 2:54 pm

Luke olha o sanduíche e sua boca se enche de água na hora. Ele logo começa a mastigar com vontade e dar grandes mordidas.
Porém conforme ele ouve o homem falar uma duvida salta na sua mente. "Clark??", ele olha pros lados procurando mais alguém, até que olha pro estranho cachorro de novo.

O cão está olhando Luke direto nos olhos, sem piscar, sem mexer um musculo que seja... como uma estatua. O garoto sustenta o olhar por uns 10 segundos, se sentindo subitamente desafiador... ele logo sente algo gelado em sua barriga e o desconforto se torna de mais. Em apenas 10 segundo o cachorro o fez abaixar a cabeça.

Carl então fala o nome 'garou'. Nisso Luke olha para ele com um movimento assustado "Eu já ouvi esse nome. Meu avo fala disso quando está tendo sonhos febris," ele apoia o queixo na mão e mastiga mais um pedaço do sanduíche "ele anda doente e tem passado muito tempo dormindo. Ele costuma falar de lobos, parentes e caçadas... e de 'garous' também... ele nunca disse exatamente o que eles são."

Ele termina de comer e limpa as mãos nas calças 'novas'. De repente ele faz uma cara de incredulidade "Eu quase matei o urso? Mas eu so tinha um graveto de matar aves!!!"
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Mensagem por Akira Toriyama Qui Out 23, 2014 4:13 pm

DIAS DEPOIS

A noite anunciava a sua chegada. Aos poucos, o Sol se punha, deixando para trás o laranja que aos poucos ia se tornando azul escuro. Aqui e ali, era possível ver algumas estrelas pontilhando o céu. O ar estava fresco e a música começava a soar aos ouvidos de todos. Havia festa no caern, e isso significava que os dois filhotes iriam poder relaxar um pouco depois de dias e mais dias de treinamento intenso.

A Seita do Monte Vermelho ficava nos limites da cidade, numa colina cercada por uma floresta densa e longe dos olhos cobiçosos de madeireiros e das intenções aventureiras dos adolescentes de Greenfield. Tinha este nome por causa da Guerra Civil, onde uma batalha sangrenta e longa deixara uma marca imensa de sangue e cadáveres de soldados de ambos os lados. Inicialmente, pertencia apenas aos Uktena e uns poucos Fianna que moravam na região. Pouco depois, uma família Presa de Prata comprara aquelas terras e garantiu que a seita ficasse longe do progresso. Senhores das Sombras chegaram pouco depois, junto com os Crias de Fenris. Não era uma seita particularmente grande, mas era forte o suficiente para se manter.

Havia bebida, música e Parentes por todos os cantos. Cheiro de curtição no ar. Talvez os filhotes devessem aproveitar aquele tempo. Não sabiam como seriam os próximos dias e talvez dar uns amassos aqui e ali seria uma ótima ideia.

OFF: Pessoal, acelerei um pouco o tempo pra tornar a história mais prática. Aqui, comecei uma festa no caern pra vocês conhecerem mais NPCs, estabelecerem contato com alguns e descobrir mais coisas. Não fiz nenhum post com vocês se conhecendo, e isso é proposital. Vocês já podem ter se conhecido dias antes, podem não ter se visto. Fica a encargo de vocês. Divirtam-se.
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Mensagem por Blodtørstige Warg Sex Out 24, 2014 12:15 am

Já fazia alguns dias que eu estava no caern com os demais parentes. Vi alguns deles, conversei um pouco, mas não tive ainda uma oportunidade de me aproximar de alguém ou ter uma boa conversa. Isso é óbvio, afinal eu era um estrangeiro ali e não estava totalmente adaptado ainda, principalmente para fazer amizades com os demais.

Naquela noite houve uma festa. Música, curtição, boa comida e putaria em alguns cantos. Era novidade para mim ver os parentes despreocupados, rindo e relaxando, afinal em Bergen isso era tão raro que eu mesmo não me lembro qual foi a última vez que pudemos relaxar e abandonar a tensão.

A maioria dos garous conversavam entre si e riam, mas eu não era do tipo muito sociável. Eu estava na cozinha, com sentado e com os pés cruzados sobre outra cadeira, enquanto tomava uma bebida. Quando terminei o drink, dei uma bela coçada no saco e me dirigi para a janela, admirando luna e as estrelas na sacada. A noite estava bonita e agradável, e o ar estava fresco, mas também não deixava de pensar nos perigos que ela trazia, principalmente os malditos vampiros. Eu deveria estar falando com o xerife, me enturmando, afinal isso fazia parte do motivo da minha viagem, mas eu simplesmente não estava com saco para tentar me aproximar de ninguém agora. Eu estendi os braços para cima enquanto fitava luna, e recitei os versos de uma canção famosa do meu país. Uma canção que trazia proteção e sorte. Eu estava cagando se alguém estava vendo e achando estranho; eu simplesmente fechei os olhos e comecei a cantar...

Spoiler:
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Mensagem por monstroloko Seg Out 27, 2014 4:19 pm

Luke estava extasiado. Tantas novidades, tanta informação!!!!!

Ele era um garou. Um defensor de Gaia. Ele havia visto a realidade por trás de tudo que é real, ele havia ouvido historias sobre tempos tão estranhos e fantásticos que sua imaginação lutava para dar conta de acomodar tudo isso nos poucos sonhos que teve desde então.

O jovem índio olhava a cena de festa e comemoração e se perguntava onde ele conseguiria aprender mais coisas novas. Havia grupos bebendo e se divertindo, porém Luke ainda não se sentia confortável perto de gente bebendo tanto.

Ele vê um grupo de jovens dançando e decide se aproximar. Ele esta usando a calça jeans surrada e uma camisa de super herói branco, como seu avo o ensinou a fazer para se enturmar, e se aproxima sem hesitar.

Por alguns segundos Luke observa a dança para pegar o ritmo, e logo em seguida se junta ao grupo e solta um uivo enquanto se perde na dança.
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Mensagem por Blodtørstige Warg Seg Out 27, 2014 6:51 pm

OFF: É para dar continuidade a festa ou espera?
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Mensagem por Akira Toriyama Seg Out 27, 2014 9:09 pm

OFF: Warg, fica à vontade. Pode continuar a interação tranquilo. Aproveitem pra se conhecerem. o/
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Mensagem por Blodtørstige Warg Qua Out 29, 2014 12:58 am

Assim que terminei meus cânticos, voltei a minha atenção para a festa novamente. A roda de dança tinha aumentado. Eu não era do tipo que sabia dançar ou sequer se interessava por isso. Resolvi pegar outra bebida e ficar próximo dos outros, sem entrar na roda. A ansiedade me consumia por dentro. Óbvio, afinal essa era minha prova para um dos acontecimentos mais importantes da minha vida; talvez o maior... E eu aqui, bebendo e farreando. Ah Erling... Olha no que você me meteu, irmão... kjedelig dritt! Tentei localizar meu irmão no meio daquela farra. Não demorou muito para eu encontrar ele.

- Então Michael, como você pode ver eu não sou o tipo dançarino, entende? Bem, acho que estou definhando em tédio e bebida, e vou acabar morrendo aqui sentado em uma cadeira, sendo que coçar o saco foi até agora a coisa mais emocionante que eu fiz. Você tem algum lugar onde há um saco ou coisa parecida para eu dar umas porradas? Quero descarregar um pouco de energia.
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Mensagem por Akira Toriyama Qua Out 29, 2014 5:09 pm

DURANTE A FESTA

Bjorn Yngste Manen

Michel fitou o filhote com certa estranheza.

— Você está no meio de uma festa e pensa em ter um saco de pancadas pra socar? — perguntou, franzindo a testa. Depois, sacudiu a cabeça e andou por alguns metros, com a mão no ombro do Ahroun. — Me acompanhe, você anda precisando relaxar. A vida não é só treino.

As suspeitas do Cria foram confirmadas naquele momento: os Crias dali eram muito mais descontraídos que os da Noruega. Não havia a necessidade constante de treinar, provar seu valor ou coisas do tipo. Havia sim a grande responsabilidade de lutar por Gaia e de figurar entre seus maiores guerreiros, mas aqueles Crias sabiam reconhecer a hora de relaxar e se divertir.

— Tudo bem, você não precisa curtir música country — brincou ele. — Mas estamos no Alabama e isso significa que é difícil encontrar alguém que vista preto, seja tatuado e goste de Tristania. Além de mim, é claro. Uma vez, estive numa seita de Andarilhos que fica em Nova York. Os caras eram um bando de roqueiros malucos. Você tinha que ver os Galliards fazendo solos. Enfim, relaxe. Eu vou te apresentar alguém muito legal.

Michael o guiou até mais perto da fogueira, onde um grupo acabava de dançar uma música e se separava rindo e prometendo uma nova dança dali a alguns minutos. Dentre os jovens que estavam dançando, Bjorn reconheceu Luke, um Uktena que tinha passado recentemente pela Primeira Mudança. Assim como ele, Luke também era novato por aqueles lados. Quando todos os jovens se afastaram, o Cria percebeu que sobrou uma garota. Ela era loira e tinha o cabelo preso em duas tranças. Vestia uma camisa vermelha xadrez e botas de cowboy. Faltava-lhe apenas o chapéu.

— Abgail — disse Michael, com um gesto. Ela se aproximou, com o rosto levemente corado por causa da dança e da cerveja. — Está gostando da festa?

— Sim. — ela respondeu. O Theurge fez um gesto, mostrando Bjorn.

— Que bom. Olha, este aqui é o Bjorn, um amigo nosso que veio da Noruega. Os europeus são meio mal humorados e o amigo aqui nunca esteve numa festa dessas. Anda precisando relaxar. Você pode ajudar ele a se divertir?

A garota sorriu e olhou para Bjorn.

— Tudo bem. — disse, num tom amistoso. Estendeu a mão. — Muito prazer, Bjorn. Eu sou Abgail, Parente Fianna. E como todo Fianna, eu sei divertir as pessoas.

Ela deu risada. Antes de se afastar, Michael deu um tapa em seu ombro e riu.
Luke Crow

Quando a dança terminou, Luke estava em êxtase. Enturmar-se não tinha sido tão difícil e ele descobrira que podia animar qualquer dança ou música. As coisas estavam ficando realmente divertidas por ali.

— Você dança muito bem — disse uma garota, assim que eles se afastaram. Ela trazia uma garrafa de cerveja na mão. Luke se lembrava dela. Lembrava-se de ter estudado com ela em algum momento da vida, mas não sabia exatamente quando. — Acho que você não se lembra de mim, não é? Sou Constance, Parente Uktena. Estudamos juntos no sétimo ano.

Luke não conseguiu evitar olhar para a garrafa em suas mãos. Não gostava da bebida, já que tinha visto seus piores efeitos em seu avô. O velho não merecia um fim como aquele. De maneira alguma. No entanto, a garota estava ali, e parecia querer conversar. Podia tentar se dar o luxo de esquecer aquilo por um tempo e aproveitar a festa.


DIA SEGUINTE

O Sol entrou pelas janelas da casa principal. Por todos os cantos, havia pessoas dormindo. Alguns Parentes que se deram bem entraram nos quartos acompanhados, outros se deixaram encostar em alguma parede ou móvel e dormiram o quanto lhes foi permitido. Boa parte foi embora, dormir em suas próprias casas. Mas para os dois novatos da seita, havia somente um lugar para ficar, o que significava que ainda estavam hospedados na casa dos Presas de Prata que detinham aquelas terras. Podia parecer impróprio, mas este costume era antigo: os Garou e Parentes da cidade encontravam sempre um espacinho por lá. Presas de Prata podiam ser arrogantes, mas naquela cidade afastada dos grandes centros e com pessoas conservadoras e bucólicas, a realeza mantinha uma estranha proximidade para com o povo.

Aos poucos, todos foram acordando. Alguns se despediram, outros simplesmente se ofereciam para ajudar o local. A vida ia voltando ao normal depois da festa da noite passada.
OFF: Bem, pessoal, vocês perceberam que eu já coloquei o post do dia seguinte ao da festa. Isso não significa que vocês devem pular o que houve na festa. Pelo contrário: podem interpretar a festa e o dia seguinte ao mesmo tempo, separando os posts da forma como eu fiz. Interajam com NPCs, curtam bastante e se quiser, podem se conhecer on game. A partir do dia seguinte, o jogo de vocês começa de fato. Espero que estejam curtindo.
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Mensagem por Blodtørstige Warg Qui Out 30, 2014 12:59 am

Michael simplesmente ignorou o que eu disse. Olhei de forma desolada para o nada e pensei "Puta que pariu...", desejei dar um belo de um tapa na minha testa, mas tal gesto certamente seria encarado como uma falta de respeito, então eu o segui, sem alternativa nenhuma. Eu já estava me sentindo um idiota, pois agora mais do que nunca as diferenças geográficas começaram a se ressaltar.

— Tudo bem, você não precisa curtir música country — brincou ele. — Mas estamos no Alabama e isso significa que é difícil encontrar alguém que vista preto, seja tatuado e goste de Tristania. Além de mim, é claro. Uma vez, estive numa seita de Andarilhos que fica em Nova York. Os caras eram um bando de roqueiros malucos. Você tinha que ver os Galliards fazendo solos. Enfim, relaxe. Eu vou te apresentar alguém muito legal.

— Tudo bem, Michael
— Ele provavelmente deve ter notado o meu tom de desânimo. Respondi por educação porque tudo aquilo estava sendo um porre. Era como estar de volta ao ônibus. Sentia vontade de sair correndo de lá, me enfiar em qualquer quarto e dormir simplesmente para que o tempo passasse.

Ele me conduziu até a fogueira. No meio das pessoas que estavam lá havia um jovem como eu. Um Uktena. Como era mesmo o nome dele? Ah sim, Luke. Parecia ser um cara bem cheio de energia e espevitado, pelo modo como se divertia. Cheguei a invejar o rapaz, mas ele logo se afastou, assim como a maioria. Perto da fogueira estava apenas uma garota. Tinha o cabelo dividido em duas tranças e roupas típicas da região, como botas de cowboy e camisa xadrez vermelha. Michael a chamou, perguntando se ela estava gostando da festa. Ela confirmou, e sem mais rodeios ele me apresentou a ela.

— Olha, este aqui é o Bjorn, um amigo nosso que veio da Noruega. Os europeus são meio mal humorados e o amigo aqui nunca esteve numa festa dessas. Anda precisando relaxar. Você pode ajudar ele a se divertir?

— Obrigado por deixar isso evidente, Michael — eu disse isso sorrindo, em tom de brincadeira, mas sem dúvida aquilo estava me incomodando cada vez mais.

Ela olhou para mim e sorriu.

— Tudo bem. — disse, num tom amistoso. Estendeu a mão. — Muito prazer, Bjorn. Eu sou Abgail, Parente Fianna. E como todo Fianna, eu sei divertir as pessoas.
— Você realmente é uma moça bem carismática, então certamente eu não duvidaria disso — Falei sorrindo, enquanto apertava a mão dela.

Michael me deu um tapa no ombro e sorriu com aquele jeito maroto, fazendo a moça dar uma risada. Eu olhei de volta para ele sorrindo de forma forçada. Ele provavelmente notou que eu não estava gostando, mas nem ligou e se afastou. Ele tinha a melhor das intenções. Deve ter achado que aquilo ia melhorar meu ânimo, mas ele só conseguiu piorar as coisas. Além disso, a apresentação teve um clima bem embaraçoso. Foi como se ele tivesse dito "Esse aqui é virgem. Pode dar um jeito nisso?". Realmente, só falta agora me perguntarem se eu sou virgem...

A moça era linda e amigável, mas eu simplesmente não estava com ânimo para nada. Era tão difícil de perceber isso?

— Abgail... Vou te chamar de irmã ou pelo seu nome, mas não de irmã Abgail, senão vai parecer que eu estou me dirigindo a você como se fosse uma freira, e certamente não quero te insultar.

Ela riu. Eu não sei por que, mas riu. Eu certamente não tinha a intenção de que isso soasse engraçado, mas pelo jeito soou. Era constrangedor. Eu me sentia mais idiota do que de costume. Pensei em dizer que iria pegar uma bebida e não voltar mais, ou algo do tipo. No entanto, ia ser falta de respeito. Eu simplesmente não conseguia ser rude com uma mulher, ainda mais com uma tão bonita quanto ela, fora que tal atitude iria me fazer ter uma reputação negativa entre os demais. Eu não tinha escolha. Me sentei ao lado dela, olhando-a nos olhos. Eles eram profundos, brilhantes e lindos, assim como o sorriso dela. Seus dentes eram brancos como pérolas, e seus lábios carnudos, bem esticados.

O tempo foi passando, fomos conversando, bebendo e começamos a rir. Quando me dei conta, meu humor estava ótimo e eu acompanhava cada riso e sorriso dela com naturalidade, com uma sinceridade genuína. Estávamos bem a vontade, e percebi que ela estava gostando de conversas comigo tanto quanto eu estava de conversar com ela. Michael, seu safado! Você conseguiu. Preciso te agradecer assim que surgir a oportunidade. Eu não aguentava mais ver aquela irmã tão bonita e ficar apenas nas palavras. Foi então que tomei coragem e segurei sua mão gentilmente, a beijei e a olhei nos olhos, me preparando para o que desejava falar.

— Irmã, espero que não se incomode com o que eu vou dizer, mas você lembra muito as moças da minha cidade. Em Bergen, temos garotas como você. Elas são lindas como anjos. Seus olhos são como cristais que refletem a beleza da noite, a luz da lua, a profundidade dos mares e os topos enevoados da montanha. São verdadeiros espelhos, portais que refletem o mundo dos Deuses. Gaia foi muito generosa contigo, irmã. Ela estava de muito bom humor quando te trouxe a esse mundo, pois vejo em você os aspectos mais gentis da Grande Deusa.

Ela me olhou fascinada, abriu um sorriso encantador e acariciou meus cabelos.

— Nossa... Fazia muito, muito tempo que eu não ouvia palavras tão bonitas assim. Você as diz com sinceridade?

Eu sorri, desta vez de forma sincera e com ternura, e disse:

— Sem dúvidas. Um Cria de Fenrir jamais mente, ainda mais para uma irmã ou irmão. Quando tudo isso acabar, é provável que eu não te veja mais. No entanto, posso dizer que valeu mesmo a pena estar contigo essa noite, mesmo que por pouco tempo. Obrigado por essa honra. Nunca vou esquecer o seu rosto; afinal é impossível apagar memórias moldadas por uma beleza tão pura como a sua.

Ela me olhou com os olhos ainda mais fascínio, porém nada disse. Ela me abraçou com um carinho e uma ternura que eu não sentia a muito tempo, e então beijou meus lábios. Era um beijo quente, doce, êxtasiante, que fazia meu corpo todo formigar. A pele dela era macia, cheirosa e seu toque delicioso. Eu a beijei no rosto, no pescoço e trocamos carícias à luz da fogueira. Espero que Michael esteja vendo isso...

...............................................................................................................................................................................................................................

A luz do Sol esquentava minha pele. Meus olhos doeram quando eu os abri. A minha boca ainda estava com gosto forte de álcool, minha cabeça doía e eu acordei remelento, descabelado e decadente. Olhei ao redor e percebi que estava dormindo em cima da mesa. A casa estava uma bagunça total. Haviam latas e garrafas de bebida pelo chão todo. Pelo menos metade dessas vinte e poucas garrafas de whisky tinham sido bebidas por mim. Eu estava com uma ressaca lamentável. A última coisa que me lembro era de Abigail em cima de mim gemendo, enquanto os peitos deliciosos dela batiam no meu rosto. Que mulher! Espero poder encontrá-la de novo.

Eu não era o único. Haviam irmãos dormindo no sofá, no chão, em cima dos armários, dentro dos armários. Provavelmente havia alguém dentro da geladeira também, mas eu não quis verificar. Levantei da mesa cambaleando, trançando as pernas e tendo que me apoiar na parede, desesperado por água.

— Nossa, que porquera! — Essa foi a pérola que eu soltei quando vi meu reflexo no vidro de uma porta. Eu estava em ruínas. Comecei a ajeitar o cabelo e lavar o rosto na pia, bebendo água o tempo todo. Eu fui até a sala e não vi Michael em lugar nenhum, tampouco Abigail. Notei que muitos haviam ido embora para suas casas. Só espero que Michael não tenha me largado sozinho aqui.

Sentei no sofá com uma garrafa que eu enchi de água, bufei e comecei a beber lentamente. Tive que tomar cuidado para não pisar em ninguém. Sem dúvidas tinha sido uma festa e tanto. Comecei a lembrar de Abigail e voltei a sorrir. Ela sem dúvida faz qualquer ressaca valer a pena. Voltei a olhar os irmãos que dormiam. Deveria acordar alguém? Melhor não. Melhor esperar alguém acordar naturalmente. Não quero ser um pé no saco, e sei como é irritante ser acordado.
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Mensagem por monstroloko Ter Nov 04, 2014 8:13 pm

Luke olha para a garrafa e decide relaxar um pouco. Afinal não é cerveja que esta matando seu avô, e sim uísque e outras bebidas mais fortes.

Ele pega a garrafa e da um pequeno gole, nota que a bebida esta gelada e disfarça o desagrado no rosto. – “Obrigado, eu tava mesmo precisando beber algo”.

Luke ouve o nome e imediatamente começa a pensar e relembrar o seu sétimo ano. Ele ainda era mais descontraído na época e falava com mais pessoas, não passava tanto tempo na floresta com o avô ou caçando. –“Sim, eu lembro de você. Você foi a menina que fez o trabalho sobre danças místicas de vários povos, não? Eu lembro de você dançando e da cara que o professor fez quando toda a turma começou a dançar e fazer bagunça na sala”.

Ambos riem um bocado com essa e outras historias de travessuras na escola, mas logo Luke muda o sentido da conversa, - “É impressionante toda essa historia de ser Garou, de pertencer a uma tribo que ainda vive e luta... eu estou tão cheio de perguntas que nem sei por onde começar”.

Ele olha pra cima e vê a lua, o seu brilho penetrando os olhos do rapaz e fazendo uma sensação de eletricidade percorrer seu corpo. Ele desvia o olhar e se concentra no seu autocontrole. –“Vamos conversar sobre algo diferente? Você me conta sua historia? Como você ficou sabendo que isso tudo”- ele abre os braços e gesticula indicando todas as pessoas e a própria festa ao redor deles- “existe???”.

O jovem Garou e a parente passam um bom tempo conversando, até que ambos ficam cansados e decidem is dormir.

DIA SEGUINTE

Luke acorda sentado em uma cadeira na sala da casa principal. É notável a generosidade dos Presas de Prata, deixar que um garoto desconhecido durma em sua casa sem supervisão sendo que há tantos bens valiosos... Luke decide que ira fazer por merecer essa confiança.

Levantando com cuidado para não fazer barulho Luke se alonga e logo começa a andar pela casa. Ele procura alguém para perguntar se há algum costume garou que ele deva seguir para poder sair da casa e despedir dos seus anfitriões...
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Mensagem por Akira Toriyama Seg Nov 10, 2014 3:12 pm

Aos poucos, o dia foi amanhecendo. Parentes se levantavam, assim como os Garou. A atividade na casa começou de maneira discreta, com todos ajudando a recolher os detritos da festa que acontecera a noite passada. Os dois Cliath foram convidados para ajudar enquanto conversavam e se conheciam melhor.

Era pouco mais de dez horas quando o xerife Dempsey apareceu na propriedade, com seu carro de polícia e uniforme. Sua expressão dizia que as coisas poderiam não estar muito boas.

— Olá, Edward — cumprimentou Igor, um Parente Presa de Prata e atual dono da propriedade. Era um velho grande de mãos pesadas e porte de lenhador. Os filhotes se lembravam de como o velho se saía bem em queda de braço. — Aconteceu algo?

O xerife apertou a mão do Parente, preocupado. Trocaram algumas palavras e olharam para o jovem Uktena.

— Ei, Luke — chamou Igor. — Venha falar conosco, por favor.

Luke foi até eles, sem saber o que pensar. O Parente e o xerife queriam falar com ele, e aparentemente as coisas não eram as melhores. Tinha certeza que não tinha aprontado nada dessa vez.

— Você tem falado com seu avô? — perguntou o xerife, assim que o jovem se aproximou. Só então ele percebeu que não tinha tido notícias do velho há alguns dias.
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Mensagem por Blodtørstige Warg Seg Nov 10, 2014 7:07 pm

Passou algum tempo até que de fato começou a ter movimento na casa. Muito provavelmente eu tinha sido o primeiro a acordar, já que alguns deles me olharam meio estranho, como se pensassem "Nossa. O cara é um madrugador!"; sem perda tempo, levantei e comecei a recolher toda aquela zona, decidido a causar uma boa impressão e ajudar os irmãos. Afinal, não queria que eles pensassem que eu era um folgado bundão e aproveitador. Entre os Garou que me ajudavam, estava aquele rapaz Uktena. Pela dor de cabeça eu bebi muito mais do que o fígado pôde aguentar, mas ainda assim lembrei que o tinha visto na roda de dança. Consegui até mesmo lembrar o nome dele: Luke.

— E ai, irmão? Tudo bem? Seu nome é Luke, não é? — dizia eu me aproximando como se não quisesse nada, estendendo a mão logo em seguida — Te vi ontem lá no meio da roda de dança. Eu ia falar com você ontem, mas alguns fatores me impediram fisicamente de fazer isso... talvez até espiritualmente... Enfim, não importa. Eu sou um "calouro" nessa casa, como você, então creio que devemos  nos conhecer melhor, o que acha?

Não tive muito tempo para conversar com Luke. Na verdade foi bem breve, tempo o suficiente para algumas palavras apenas. O relógio marcava um pouco mais de dez horas quando o xerife apareceu por lá. Finalmente eu estava diante dele! Mas pela cara dele, alguma bosta já tinha acontecido.

— Olá, Edward — cumprimentou Igor, um Parente Presa de Prata e atual dono da propriedade. Era um velho grande de mãos pesadas e porte de lenhador. Os filhotes se lembravam de como o velho se saía bem em queda de braço. — Aconteceu algo?

O xerife apertou a mão do Parente, preocupado. Trocaram algumas palavras e olharam para o jovem Uktena.

— Ei, Luke — chamou Igor. — Venha falar conosco, por favor.
Eu vi Luke se aproximar do xerife com certo receio nos olhos. Ele obviamente demonstrava certa confusão mental. Eu me aproximei também do xerife, porém mantive certa distância, para que não pensassem que eu estava me intrometendo no que não é da minha conta.

— Você tem falado com seu avô? — perguntou o xerife, assim que o jovem se aproximou. Só então ele percebeu que não tinha tido notícias do velho há alguns dias.

Antes que Luke respondesse, eu coloquei a mão no ombro dele e falei baixo, perto do seu ouvido.

— Na hipótese de qualquer problema, me avise que eu vou contigo.
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Mensagem por monstroloko Qua Nov 12, 2014 1:44 pm

A festa definitivamente tinha deixado sua marca no lugar. Luke estava retirando lixo, arrastando moveis e se perguntando se essa seria sua vida de agora em diante.

Ser um garou era ótimo! Ele havia ouvido historias fantásticas e mal conseguia as organizar em sua cabeça ainda. Queria falar com mais pessoas para confirmar se não havia mentiras ou enganos no que ouviu, afinal se ele vai espalhar algo por ai ele tem de se certificar de que não são meros boatos.

Na noite anterior ele descobriu que na cidade tinha gente que já havia saído no braço com monstros impressionantes, os ditos fomores. Hordas dos safados haviam sido trucidados, e as cicatrizes que eles deixaram realmente pareciam fazer justiça às descrições que ele ouviu.

Então, em meio a um devaneio, Luke é cumprimentado pelo outro garou, que já sabe seu nome!  “Sim, esse é meu nome mesmo.” Ele aperta a mão do estranho e o aperto é firme, demonstrando confiança... e talvez algo mais. “Me desculpe, mas eu não me lembro de ter te visto ontem... eu me animei muito com a dança e depois com as historias que ouvi. Como você se chama?”

Nessa hora o parente dos Presas de Prata o chama. Os Presas haviam sido generosos e corteses com ele, algo pelo qual ele era muito grato, e ele queria retribuir. Luke lembra dos avisos do seu avô sobre os europeus serem a causa de todos os problemas do mundo e recentemente ouviu o termo ‘Arautos da Wyrm’, porém ele não esta disposto a julgar os outros baseado apenas nisso.  Luke foi logo para onde os mais velhos estavam.

Chegando junto aos mais velhos Luke foi logo interrogado sobre seu avô, e seu sangue gelou nas veias. O outro jovem garou ofereceu ajuda, e ele acenou aceitação com a cabeça. Ele se vira para o xerife, “Desde algumas horas antes da tarde em que eu briguei com o urso eu não tenho noticias dele...” ele olha pra baixo “eu andei meio distraído com as ultimas descobertas e novidades...”.
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Mensagem por Blodtørstige Warg Qua Nov 12, 2014 6:35 pm

OFF: Só complementando a postagem para poder responder ao Luke.

“Sim, esse é meu nome mesmo.”Ele aperta a mão do estranho e o aperto é firme, demonstrando confiança... e talvez algo mais. “Me desculpe, mas eu não me lembro de ter te visto ontem... eu me animei muito com a dança e depois com as historias que ouvi. Como você se chama?”

- Tudo bem, irmão. Eu também me empolguei demais, mas de outra forma... - Não consigo conter um sorriso sacana - Meu nome é Bjorn. Eu venho da Noruega.

-------------------------------------------

“Desde algumas horas antes da tarde em que eu briguei com o urso eu não tenho noticias dele...” ele olha pra baixo “eu andei meio distraído com as ultimas descobertas e novidades...”.

Senti medo no rapaz enquanto ele dizia aquelas palavras ao xerife. Não medo como medo de um covarde ou cagão, mas medo de alguém que se preocupa com os seus, exatamente como todos nós. Tentei permanecer calmo e fiquei de braços cruzados, enquanto meus olhos alternavam entre fitar o xerife e Luke, mas a verdade é que eu estava queimando de ansiedade por dentro; em parte pela euforia e em parte pela preocupação. Era sinal de que algo de ruim pode ter acontecido, e caso assim fosse, eu finalmente ia poder fazer o que faço de melhor, o que eu nasci para fazer. No entanto, não deixei isso transpassar, afinal não queria que Luke pensasse que eu estava feliz ou eufórico por algo de ruim ter acontecido ao seu avô. Eu só queria ser útil para os irmãos, só isso - e para mim, ser útil significa destroçar nossos inimigos...
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Mensagem por Akira Toriyama Ter Nov 18, 2014 9:14 pm

O xerife respirou fundo, a expressão preocupada diante da resposta do garoto. Trocou um breve olhar com Igor.

— Seu avô sumiu, garoto. — contou. — Ele não apareceu na festa ontem porque não o encontramos na cabana. Os vizinhos disseram que não o viam há mais ou menos dois dias. Fui à cabana dele para ver se ele estava por lá e estava tudo abandonado, como se ele não pisasse em casa há dias. E como você não o viu, talvez seja hora de começar uma busca.

— Se precisar de ajuda, sabe que os nossos rastreadores são melhores. — disse Igor, já um tanto sério. — Os garotos podem até ajudar nisso, Edward.

O xerife balançou a cabeça, aparentemente concordando. Talvez fosse bom para os filhotes praticar algum conhecimento adquirido pela nova condição de Garou. Igor virou-se para eles.

— Então, rapazes. O que me dizem?
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Mensagem por Blodtørstige Warg Ter Nov 18, 2014 11:20 pm

Ouvi tudo com atenção, procurando não interromper ninguém. Ouvi cada detalhe sobre o desaparecimento. Quando Igor sugeriu fazer uso de nós, finalmente pensei "Enfim vamos poder mostrar a nossa utilidade".
— Então, rapazes. O que me dizem?
— Podem contar comigo, certamente. — Disse isso da forma mais suave e calma que pude, embora estivesse tremendo internamente de empolgação — Basta traçarmos um plano, definir um ponto de partida, e então começaremos a busca imediatamente. Obviamente Luke é quem pode dar as informações principais para isso.  

Eu olhei o rapaz nos olhos, aguardando enquanto sua mente pensava na melhor forma de iniciarmos a busca.
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